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Do milagre à bancarrota

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Mensagem por Professor Fabio Qui Mar 05, 2015 6:46 pm

Nobre Estudante,

Após a leitura do artigo publicado na Folha de São Paulo em 23/03/2014, você deverá escolher um dos governos dos Presidentes do regime militar e publicar os dados referente até o dia 20/03/2015 para integração das respostas entre 23/03/2015 - 27/03/2015:

- Crescimento da área urbana em percentual com relação a população brasileira(citar em percentual - primeiro ano de governo e último ano de governo);
- Produto Interno Bruto - PIB(citar em valores - primeiro ano de governo e último ano de governo);
- Inflação(citar em percentual - primeiro ano de governo e último ano de governo);
- Dívida Externa(citar em valores - primeiro ano de governo e último ano de governo);
- Comércio exterior(citar em valores - primeiro ano de governo e último ano de governo);
- Desigualdade(citar em percentual - primeiro ano de governo e último ano de governo).




Do milagre à bancarrota

Os militares ampliaram o controle do Estado sobre a economia e fizeram o país crescer em marcha acelerada para ganhar legitimidade, mas criaram desequilíbrios que só puderam ser corrigidos muito tempo depois, com a volta da democracia.

Nos 21 anos em que os militares permaneceram no poder, a economia brasileira cresceu num ritmo quase três vezes maior do que o alcançado nos primeiros 21 anos após a volta da democracia. No período em que essa expansão foi mais acelerada, entre 1967 e 1973, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 10,2% ao ano, em média, dobrando de tamanho em apenas sete anos. O resultado destoava tanto dos padrões da época que os analistas passaram a chamá-lo de “milagre brasileiro”.

A distribuição dos resultados do crescimento foi bastante desigual, mas na média a renda dos brasileiros aumentou de maneira significativa nesse período. Em 1964, um brasileiro ganhava o equivalente a 17% da renda recebida por um típico cidadão americano. Em 1978, a renda média do brasileiro correspondia a 28% da americana.

O avanço nas cidades

Ao final da ditadura, mais de dois terços dos brasileiros viviam em áreas urbanas.

O crescimento econômico ajudou a ditadura a ganhar legitimidade política durante a fase mais violenta do combate à esquerda armada e também mais tarde, quando chegou a hora de afrouxar o regime e era preciso convencer os oficiais radicais que pensavam o contrário. Mas a maneira como os militares conduziram a economia enfraqueceu as finanças do país e minou sua capacidade de sustentar por mais tempo o ritmo de expansão dos anos do milagre.

Quando a ditadura acabou, o Brasil era outro. A maior parte da população havia abandonado a zona rural para viver em cidades e milhões de pessoas tinham migrado para os Estados mais populosos, como São Paulo e Rio. Uma indústria moderna e vigorosa se tornara responsável por quase metade da riqueza produzida pelo país. Mas boa parte do progresso alcançado durante o milagre acabou revertida. Em 1990, a renda média do brasileiro havia recuado para 20% da média americana.


Para rearrumar a casa

A economia brasileira estava estagnada quando os militares começaram a governar. As finanças públicas estavam em frangalhos e a inflação anual se aproximava de 100%. A resposta do presidente Castello Branco foi a adoção de um ambicioso programa de reformas, com três objetivos principais: equilibrar as contas do governo, controlar a inflação e desenvolver o mercado de crédito.
O QUE FOI O PAEG
Reformas no início do governo Castello Branco reorganizaram a economia e abriram caminho para o crescimento dos anos do milagre

   CORREÇÃO MONETÁRIA
   REFORMA TRIBUTÁRIA
   REFORMA BANCÁRIA
   POLÍTICA SALARIAL
   POLÍTICA HABITACIONAL

A instituição da correção monetária, que passou a garantir reajustes automáticos de preços, permitiu que o governo começasse a se financiar emitindo títulos públicos e contribuiu para aumentar a arrecadação do governo e a poupança privada

Batizado como Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), ele foi elaborado pelos economistas Roberto Campos, que assumiu o Ministério do Planejamento, e Otávio Gouveia de Bulhões, que ficou responsável pela Fazenda. Sua principal inovação foi a introdução da correção monetária, mecanismo que passou a reajustar contratos, títulos públicos e dívidas tributárias com base na inflação passada.

A novidade permitiu que o governo começasse a cobrir seus gastos vendendo papéis financeiros no mercado, coisa que era impossível anteriormente porque os investidores temiam que a inflação corroesse seus ganhos se emprestassem dinheiro ao Tesouro. A correção monetária também ajudou a aumentar a arrecadação de impostos, reajustando as obrigações tributárias das empresas.

Outra inovação foi a criação do Banco Central, instituição que recebeu a missão de controlar a oferta de moeda na economia, antes papel do Banco do Brasil. Campos e Bulhões deram aos diretores do BC mandatos fixos, para que tivessem a independência necessária para tomar medidas impopulares sem temer eventuais consequências políticas.

Para conter os salários, o PAEG introduziu uma fórmula que previa a reposição da inflação passada e a incorporação de parte da inflação projetada para o futuro. Invenção do economista Mário Henrique Simonsen, a fórmula impôs perdas aos trabalhadores, porque os cálculos do governo sempre subestimavam as projeções de inflação. Mas o arrocho aliviou os custos das empresas e ajudou a segurar os preços, contribuindo para a retomada do crescimento nos anos seguintes.

A adoção de uma medida tão impopular só foi possível por causa do controle rígido exercido pelos militares sobre os sindicatos. O CGT foi posto na ilegalidade e vários líderes trabalhistas do tempo de Jango foram presos logo após o golpe. Nos dois primeiros anos do governo Castello Branco, os militares intervieram em 810 sindicatos, substituindo seus dirigentes por lideranças que oferecessem menor risco de contestação.

Pressa para crescer

As medidas adotadas por Castello Branco ajudaram a reorganizar a economia, diminuíram o deficit nas contas do governo e garantiram uma redução expressiva da inflação, que caiu para 34% em 1965. As reformas também ajudaram a restaurar a confiança dos estrangeiros no país, atraindo empréstimos e investimentos. Mas faltava crescer, e os militares estavam com pressa.

O controle do governo sobre a condução da política econômica foi ampliado após a posse de Costa e Silva. A independência do Banco Central acabou assim que ele assumiu, para nunca mais voltar. “O guardião da moeda sou eu”, avisou o general a Roberto Campos antes da posse, conforme as memórias do economista. Extintos os mandatos dos diretores do BC, seu presidente, Dênio Nogueira, deixou o governo.

Para chefiar o Ministério da Fazenda, Costa e Silva recrutou um jovem economista de São Paulo, Antonio Delfim Netto. Ninguém mandou tanto na economia como ele. Além de manter os salários amarrados pela fórmula criada por Simonsen, o governo passou a controlar os preços dos principais produtos, que só podiam subir com autorização de um conselho formado por quatro ministérios. A taxa de câmbio usada nas transações com o exterior era determinada por Brasília, que também controlava as principais fontes de crédito, de curto e longo prazo.

O governo também interveio no setor financeiro. As autoridades fixavam limites para as taxas de juros cobradas nos empréstimos bancários e distribuíam incentivos para os bancos que reduzissem suas taxas. Agências como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) passaram a oferecer crédito barato para financiar os investimentos do setor privado.

Com a economia internacional em expansão, os resultados apareceram logo. O aumento da renda fez explodir o consumo, e com ele a popularidade do governo. Entre 1968 e 1973, o número de domicílios com televisão e um automóvel na garagem mais do que duplicou. Em 1970, uma de cada quatro famílias brasileiras tinha um aparelho para assistir em casa à vitória do Brasil na Copa do Mundo.

Deu tão certo que Delfim continuou à frente do Ministério da Fazenda quando o general Médici assumiu a Presidência, após o afastamento de Costa e Silva. Era um ministro poderoso, que vivia bajulado pelos empresários e dava aos militares argumentos para rebater os críticos do seu modelo econômico. Como a propaganda do governo não se cansava de dizer, nada parecia capaz de deter o avanço do país.

O que mais incomodava os críticos do modelo adotado pelos militares era a maneira desigual como a riqueza que ele produzia era distribuída na sociedade. Em 1972, o economista americano Albert Fishlow foi o primeiro a chamar a atenção para o problema, com um artigo que apontava o arrocho salarial promovido pelo governo como principal responsável pelo aumento da distância entre ricos e pobres.

O trabalho deu munição para quem se opunha à ditadura e provocou debates animados na academia. Mas a questão era outra para o governo. Segundo um estudo pioneiro do economista Carlos Langoni, o problema era que os níveis de escolaridade da força de trabalho eram muito baixos. Assim, era natural que trabalhadores com diploma ganhassem mais com as oportunidades criadas pelo milagre, e era questão de tempo que outros fossem beneficiados na mesma medida.

Longe das escolas
A ditadura combateu o analfabetismo, mas a democracia investiu mais em educação

A tese de Langoni logo foi abraçada pelo governo, mas pela metade. Embora os estudos dele recomendassem investimentos maciços em educação básica, os militares se preocuparam mais em combater o analfabetismo e dar atenção às universidades, onde estudantes e professores eram fontes permanentes de contestação ao regime. Foi preciso esperar a volta da democracia para que o problema fosse atacado e os níveis de escolaridade da população melhorassem de forma significativa.
Dobrando a aposta

Ninguém se importava muito com os críticos enquanto o país continuava crescendo, mas a paisagem começou a mudar em 1973, quando os países produtores de petróleo aumentaram seus preços abruptamente. O choque abalou a economia mundial, ao elevar o custo da energia, e pegou desprevenidos países como o Brasil, que importava cerca de 70% do petróleo que consumia. Havia duas alternativas para lidar com a situação, e o governo escolheu a que parecia politicamente mais conveniente.

A opção mais prudente teria sido pisar no freio e esperar as coisas melhorarem, restringindo a demanda interna e jogando água na fervura. A maioria dos países importadores de petróleo seguiu esse caminho. O Brasil fez a escolha mais arriscada e resolveu dobrar a aposta para manter a economia crescendo.

Com a posse do presidente Ernesto Geisel, o comando do espetáculo foi entregue ao ministro do Planejamento, João Paulo dos Reis Velloso, um discreto economista que trabalhara à sombra de Delfim no governo Médici. Ele lançou um ambicioso plano de investimentos que previa a captação de recursos externos para financiar o desenvolvimento de novas indústrias no país. Caberia ao governo induzir empresas nacionais e grupos estrangeiros a entrar nesses projetos, além de participar diretamente dos investimentos em vários casos.

Com as economias mais avançadas perdendo o viço e os produtores de petróleo em busca de alternativas para investir seu dinheiro, havia capital sobrando no mundo e isso permitiu que o governo e as empresas brasileiras tomassem empréstimos em condições razoáveis para financiar os investimentos planejados pelos militares. O objetivo era não só manter a economia aquecida, mas modernizá-la e reduzir a dependência externa da indústria nacional, passando a fabricar no Brasil máquinas e insumos básicos que na época ela importava.

O peso do Estado

Empresas estatais criadas pelo regime militar

Esse programa levou a participação do Estado na economia do país a um novo patamar. Empresas estatais comandavam a cadeia petroquímica e controlavam as usinas siderúrgicas, a produção e a distribuição de energia elétrica, as telecomunicações, as estradas e as ferrovias. Projetos ambiciosos como a usina hidrelétrica de Itaipu e o programa nuclear brasileiro nasceram nessa época. Fiascos como a Ferrovia do Aço, que levou 15 anos para ficar pronta, também.

Geisel precisava que o plano fosse bem-sucedido para fortalecer sua autoridade num momento delicado. Ele decidira iniciar um projeto de distensão política, e a ideia passara a ser combatida nas fileiras das próprias Forças Armadas. Ao mesmo tempo, o país começava a demonstrar cansaço após tantos anos de autoritarismo, votando em massa nos candidatos da oposição nas eleições de 1974 para o Congresso.

Hora de pagar a conta

O plano permitiu que o país continuasse crescendo por mais alguns anos, mas a festa acabou em 1979, quando um novo choque nos preços do petróleo atingiu a economia mundial, e as fontes de capital que haviam financiado os investimentos no Brasil começaram a secar. A inflação voltara a subir, a dívida externa do país crescia de forma explosiva e suas reservas de dólares estavam diminuindo. Chegara a hora de pagar a conta.

Com a posse do general João Baptista Figueiredo, Simonsen assumiu o Ministério da Fazenda e propôs um pacote de medidas de austeridade para esfriar a economia. Mas nem todo mundo jogava no mesmo time. Delfim voltara ao governo para assumir o Ministério da Agricultura e garantira um reajuste de 70% para os preços da safra agrícola de 1980, minando os esforços para conter a inflação. Sem dar resultado imediato, o plano de austeridade foi abandonado poucos meses após seu lançamento. Simonsen deixou o governo e Delfim voltou a dar as cartas, agora como ministro do Planejamento.

Delfim repetiu as políticas que tinham dado certo nos anos do milagre, liberando crédito e desvalorizando o câmbio para dar um empurrão nas exportações, mas ele e o novo ministro da Fazenda, Ernane Galvêas, sabiam que era inútil insistir. “Era preciso aceitar uma recessão, porque não havia opção”, diz o economista Carlos Langoni, que assumiu a presidência do Banco Central nessa época. “Havia uma resistência muito grande, porque o regime militar temia conviver com uma recessão.”

Os motivos tornaram-se logo evidentes. Em 1981, os Estados Unidos subiram as taxas de juros do dólar, aumentando drasticamente o custo da dívida externa brasileira. O governo reagiu com uma nova guinada na política econômica, adotando medidas de contenção do crédito, dos gastos públicos e dos reajustes salariais. A inflação continuou subindo, e a economia entrou em recessão, sofrendo uma contração de 4,3% em 1981. No ano seguinte, a oposição venceu as eleições para governador nos principais Estados. Nada mais parecia funcionar, e o governo se viu obrigado a bater às portas do Fundo Monetário Internacional (FMI) em busca de socorro.

O país só voltou a crescer em 1984, após três anos de recessão. Os militares estavam prestes a deixar o poder, e os desequilíbrios econômicos criados pelos excessos dos anos anteriores pareciam insuperáveis. As contas do governo estavam novamente desarrumadas, e o país suava para renegociar suas dívidas com os credores internacionais. A inflação anual passava de 200%, alimentada por mecanismos que a política econômica só conseguiu domar uma década depois do fim da ditadura.

fonte: http:/ /arte .folha.uol.com.br/e speciais/2014/03/23/o-golp e-e-a-ditadura-militar/a-econo mia.html extraído em 05/04/2015 às 14:46.

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Mensagem por Ragna Garcia Seg Mar 23, 2015 7:26 pm

1-Crescimento da área urbana em percentual com relação a população brasileira.

No final da ditadura, mais de dois terços dos brasileiros viviam em áreas urbanas.
A maneira como os militares conduziram a economia enfraqueceu as finanças,quando a ditadura acabou, o Brasil era outro. A maior parte da população havia abandonado a zona rural para viver em cidades e milhões de pessoas tinham migrado para os Estados mais populosos, como por exemplo: São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1990, a renda média do brasileiro havia recuado para 20% da média americana.

2- Produto Interno Bruto (PIB).

No período em que a expansão foi mais acelerada, entre 1967 e 1973, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 10,2% ao ano, dobrando de tamanho em apenas sete anos. O resultado destoava tanto dos padrões da época que os analistas passaram a chamá-lo de “milagre brasileiro”. O crescimento foi bastante desigual, a renda dos brasileiros aumentou de maneira significativa nesse período. Em 1964, um brasileiro ganhava o equivalente a 17% da renda recebida por um típico cidadão americano. Em 1978, a renda média do brasileiro correspondia a 28% da americana.

3-Inflação.

A economia brasileira ficou completamente estagnada quando os militares começaram a governar. As finanças públicas estavam em frangalhos e a inflação anual se aproximava de 100%. A resposta do presidente Castello Branco foi a adoção de um ambicioso programa de reformas, com três objetivos principais: equilibrar as contas do governo, controlar a inflação e desenvolver o mercado de crédito. A novidade permitiu que o governo começasse a cobrir seus gastos vendendo papéis financeiros no mercado, coisa que era impossível anteriormente porque os investidores temiam que a inflação corroesse seus ganhos se emprestassem dinheiro ao tesouro.
A correção monetária também ajudou a aumentar a arrecadação de impostos, reajustando as obrigações tributárias das empresas, a adoção de uma medida tão impopular só foi possível por causa do controle rígido exercido pelos militares sobre os sindicatos. Nos 2 primeiros anos do governo Castello Branco, os militares intervieram em 810 sindicatos, substituindo seus dirigentes por lideranças que oferecessem menor risco de contestação.

4-Dívida Externa.

As medidas adotadas por Castello Branco ajudaram a reorganizar a economia, diminuíram as contas do governo e garantiram uma redução expressiva da inflação, que caiu para 34% em 1965. As reformas também ajudaram a restaurar a confiança dos estrangeiros no país, atraindo empréstimos e investimentos. Mas faltava crescer, e os militares estavam com pressa.O controle do governo sobre a condução da política econômica foi ampliado após a posse de Costa e Silva. A independência do Banco Central acabou assim que ele assumiu, para nunca mais voltar. “O guardião da moeda sou eu”, avisou o general a Roberto Campos antes da posse, conforme as memórias do economista.
Além de manter os salários amarrados pela fórmula criada por Simonsen, o governo passou a controlar os preços dos principais produtos, que só podiam subir com autorização de um conselho formado por quatro ministérios. A taxa de câmbio usada nas transações com o exterior era determinada por Brasília, que também controlava as principais fontes de crédito, de curto e longo prazo.
Com a economia internacional em expansão, os resultados apareceram logo. O aumento da renda fez explodir o consumo, e com ele a popularidade do governo. Entre 1968 e 1973, o número de domicílios com televisão e um automóvel na garagem mais do que duplicou. o problema era que os níveis de escolaridade da força de trabalho eram muito baixos. Assim, era natural que trabalhadores com diploma ganhassem mais com as oportunidades criadas pelo milagre, e era questão de tempo que outros fossem beneficiados na mesma medida.
Foi preciso esperar a volta da democracia para que o problema fosse atacado e os níveis de escolaridade da população melhorassem de forma significativa.

5- Comércio Exterior.

Ninguém se importava muito com os críticos enquanto o país continuava crescendo, mas a paisagem começou a mudar em 1973, quando os países produtores de petróleo aumentaram seus preços abruptamente. O choque abalou a economia mundial, ao elevar o custo da energia, e pegou desprevenidos países como o Brasil, que importava cerca de 70% do petróleo que consumia.Com as economias mais avançadas perdendo o viço e os produtores de petróleo em busca de alternativas para investir seu dinheiro, havia capital sobrando no mundo e isso permitiu que o governo e as empresas brasileiras tomassem empréstimos em condições razoáveis para financiar os investimentos planejados pelos militares. O objetivo era não só manter a economia aquecida, mas modernizá-la e reduzir a dependência externa da indústria nacional, passando a fabricar no Brasil máquinas e insumos básicos que na época ela importava.
Esse programa levou a participação do Estado na economia do país a um novo patamar. Empresas estatais comandavam a cadeia petroquímica e controlavam as usinas siderúrgicas, a produção e a distribuição de energia elétrica, as telecomunicações, as estradas e as ferrovias.

6- Desigualdade.

Em 1979  um novo choque nos preços do petróleo atingiu a economia mundial, e as fontes de capital que haviam financiado os investimentos no Brasil começaram a secar. A inflação voltara a subir, a dívida externa do país crescia de forma explosiva e suas reservas de dólares estavam diminuindo, chegou a hora de pagar a conta.O governo reagiu com uma nova guinada na política econômica, adotando medidas de contenção do crédito, dos gastos públicos e dos reajustes salariais.
O país só voltou a crescer em 1984, após três anos de recessão. Os militares estavam prestes a deixar o poder, e os desequilíbrios econômicos criados pelos excessos dos anos anteriores pareciam insuperáveis. As contas do governo estavam novamente desarrumadas, e o país suava para renegociar suas dívidas com os credores internacionais. A inflação anual passava de 200%, e a política econômica só conseguiu domar uma década depois do fim da ditadura.

FONTE: http://arte.folha.uol.com.br/especiais/2014/03/23/o-golpe-e-a-ditadura-militar/a-economia.html extraído em 23/03/2015 às 15:27.

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Mensagem por Rafaela Rossi Branco Ter Mar 24, 2015 4:35 pm

1- No período em que os militares permaneceram no poder, a economia do Brasil cresceu num ritmo acelerado, do que o esperado nos primeiros 21 anos após a volta da democracia. No período em que essa expansão foi mais acelerada, entre 1967 e 1973, ou no início da ditadura militar ( 1964-1985).

2- Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 10,2% ao ano, em média, dobrando de tamanho em apenas 7 anos. O resultado do crescimento foi desigual. Em 1964, um brasileiro ganhava o equivalente a 17% da renda recebida por um típico cidadão americano. Em 1978, a renda média do brasileiro correspondia a 28% da americana.

3- A inflação se aproximou de 100%, onde Castello Branco fez um programa de reforma com o objetivo de equilibrar as contas do governo, controlar a inflação e o mercado de crédito.

4-As medidas adotadas por Castello Branco ajudaram a reorganizar a economia, diminuíram as contas do governo e garantiram uma redução expressiva da inflação, que caiu para 34% em 1965. As reformas também ajudaram a restaurar a confiança dos estrangeiros no país, atraindo empréstimos e investimentos. Mas faltava crescer, e os militares estavam com pressa.

5-A ditadura combateu o analfabetismo, mas a democracia investiu mais em educação.
A tese de Langoni logo foi abraçada pelo governo, mas pela metade. Os militares se preocuparam mais em combater o analfabetismo e dar atenção às universidades, onde estudantes e professores eram fontes permanentes de contestação ao regime. O país continuava crescendo, mas a paisagem começou a mudar em 1973, quando os países produtores de petróleo aumentaram seus preços abruptamente. O choque abalou a economia mundial, ao elevar o custo da energia, e pegou desprevenidos países como o Brasil, que importava cerca de 70% do petróleo que consumia. Havia duas alternativas para lidar com a situação, e o governo escolheu a que parecia politicamente mais conveniente.

6-Em 1979 um novo choque nos preços do petróleo atingiu a economia mundial, e as fontes de capital que haviam financiado os investimentos no Brasil começaram a secar. A inflação voltara a subir, a dívida externa do país crescia de forma explosiva e suas reservas de dólares estavam diminuindo, chegou a hora de pagar a conta.
O país só voltou a crescer em 1984, após três anos de recessão. Os militares estavam prestes a deixar o poder, e os desequilíbrios econômicos criados pelos excessos dos anos anteriores pareciam insuperáveis. As contas do governo estavam novamente desarrumadas, e o país suava para renegociar suas dívidas com os credores internacionais. A inflação anual passava de 200%, e a política econômica só conseguiu domar uma década depois do fim da ditadura.

Respostas de acordo com o texto informativo do artigo publicado na Folha de São Paulo em 23/03/2014. Referente ao Regime Militar.

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Mensagem por Hellen Dyeniffer Grobe Ter Mar 24, 2015 8:58 pm

Governo Castelo Branco (1964-1967)

Crescimento da área urbana - 1.960  70,9%,   1.970  94,5%
_
Produto Interno Bruto- Durante o governo Castelo Branco, o PIB cresceu a uma média anual de 4,2% e a inflação, no final do mandato, ficou em torno de 40%.
Início do mandato 3,4% ao fim do mandato 4,2%
_
Inflação- A prioridade do governo Castelo Branco  foi o ajuste das contas públicas e o controle da  inflação, que chegava a 80% ao ano. A equipe econômica do governo realizaram profundas reformas na área fiscal e financeira e criaram o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG). As medidas adotadas por Castelo Branco ajudaram a reorganizar a economia, diminuíram o deficit nas contas do governo e garantiram uma redução expressiva da inflação, que caiu para 34% em 1965.
No inicio do mandato 92,1% no final 25,0%.
_
Comércio exterior-  1.430 milhões no início do mandato, e ao fim 1.654 milhões.
_
Dívida externa- Inicio do mandato  3.294 milhões no final 3.440 milhões.
_
Desigualdade- ...Em 1.960 0,54% e em 1.970 0,58%
_

*Respostas de acordo com o texto informativo do artigo, publicado na Folha de São Paulo em 23/03/2014.* "Regime Militar"

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Mensagem por fabiula machado Qua Mar 25, 2015 2:44 am

O Brasil cresceu num ritmo acelerado, do que o esperado nos primeiros 21 anos após a volta da democracia. No período em que essa expansão foi mais acelerada, entre 1967 e 1973, ou no início da ditadura militar ( 1964-1985).

2- O (PIB) aumentou 10,2% ao ano, em média, dobrando de tamanho em apenas 7 anos. O resultado do crescimento foi desigual. Em 1964, um brasileiro ganhava o equivalente a 17% da renda. Em 1978, a renda média do brasileiro correspondia a 28%.

3- A inflação se aproximou de 100%, onde Castello Branco fez um programa de reforma com o objetivo de equilibrar as contas do governo, controlar a inflação e o mercado de crédito.

4-As medidas adotadas por Castello Branco ajudaram a reorganizar a economia, diminuíram as contas do governo e garantiram uma redução expressiva da inflação, que caiu para 34% em 1965. As reformas também ajudaram a restaurar a confiança dos estrangeiros no país, atraindo empréstimos e investimentos.

5-A ditadura combateu o analfabetismo, mas a democracia investiu mais em educação.
A tese de Langoni logo foi abraçada pelo governo, mas pela metade. Os militares se preocuparam mais em combater o analfabetismo e dar atenção às universidades, onde estudantes e professores eram fontes permanentes de contestação ao regime. O país continuava crescendo, mas a paisagem começou a mudar em 1973, quando os países produtores de petróleo aumentaram seus preços abruptamente. O choque abalou a economia mundial, ao elevar o custo da energia, e pegou desprevenidos países como o Brasil, que importava cerca de 70% do petróleo que consumia. Havia duas alternativas para lidar com a situação, e o governo escolheu a que parecia politicamente mais conveniente.

6-Em 1979 um novo choque nos preços do petróleo atingiu a economia mundial, e as fontes de capital que haviam financiado os investimentos no Brasil começaram a secar. A inflação voltara a subir, a dívida externa do país crescia de forma explosiva e suas reservas de dólares estavam diminuindo, chegou a hora de pagar a conta.
O país só voltou a crescer em 1984, após três anos de recessão. Os militares estavam prestes a deixar o poder, e os desequilíbrios econômicos criados pelos excessos dos anos anteriores pareciam insuperáveis. As contas do governo estavam novamente desarrumadas, e o país suava para renegociar suas dívidas com os credores internacionais. A inflação anual passava de 200%, e a política econômica só conseguiu domar uma década depois do fim da ditadura.

*Respostas de acordo com o texto informativo do artigo, publicado na Folha de São Paulo em 23/03/2014.* "Regime Militar"


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Mensagem por Silvana Silveira Rovaris Qua Mar 25, 2015 3:42 am

Governo do General Ernesto Geisel.

Crescimento da área urbana em percentual com relação a população brasileira: No governo de Ernesto em 1974 era em média de 94,5% e em 1979 era de 121,1.

Produto Interno Bruto - PIB. No governo de Geisel, era preocupante pois o PIB não estava mito alto, em 1973 o PIB era de 14,0% e diminuiu em 1974 para 8,2% e caiu ainda mais em 1979 para 6,8%.

Inflação: no Governo de Ernesto a inflação começou a aumentar e a diminuir salários, sendo o fim do milagre econômico. Em 1974 a inflação era de 34,5% e em 1979 era de 77,3%.


Dívida Externa: O endividamento externo foi um dos motores do crescimento econômico na ditadura. Em seu governo, Ernesto teve um divida em 1974 de R$ 20.032,00 milhões e no final em 1979 de R$ 55.803,00 milhões.

Desigualdade: O forte crescimento econômico contribuiu para aumentar a renda e diminuir a pobreza. Mas os salários dos mais ricos cresceram mais rápido, gerando desigualdade. No governo de Geisel foi em 1974 de 0,58% e em 1979 de 0,59% de desigualdade.

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Mensagem por Ragna Garcia Qua Mar 25, 2015 6:16 pm

NOVAS RESPOSTAS

1- No período em que os militares estavam no poder, a economia do Brasil cresceu rapidamente, mais do que o esperado nos primeiros 21 anos após a volta da democracia. No período em que essa expansão foi mais rápida, entre 1967 e 1973, ou no início da ditadura militar (1964-1985).

2- (PIB) Produto Interno Bruto, aumentou em 10,2% ao ano, dobrando de tamanho em  7 anos. Em 1964, um trabalhador brasileiro ganhava em torno de 17% da renda recebida por um típico cidadão americano. Em 1978, a renda média do brasileiro correspondia a 28% da renda americana.

3- Castello Branco fez um programa de reforma que tinha como objetivo equilibrar as contas do governo e controlar a inflação e o mercado de crédito. Assim a inflação se aproximou de 100%.

4- O endividamento externo foi um dos motores do crescimento econômico na ditadura. No governo de Ernesto teve uma divida de R$ 20.032,00 milhões em 1974 e  em 1979 de R$ 55.803,00 milhões.

5-A ditadura combateu o analfabetismo, mas a democracia investiu mais em educação, os militares se preocuparam em combater o analfabetismo e dar atenção às universidades, onde os estudantes e os  professores eram fontes permanentes de contestação ao regime. O país continuou crescendo, mas algumas mudanças começaram a aparecer em 1973, quando os países produtores de petróleo aumentaram seus preços. Este choque abalou a economia mundial, ao subir o custo da energia, e pegou os países desprevenidos como o Brasil, que importava cerca de 70% do petróleo que consumia.

6- Em 1979  um novo choque nos preços do petróleo atingiu a economia mundial, e as fontes de capital que haviam financiado os investimentos no Brasil começaram a secar. A inflação voltou a subir, e a dívida externa do país cresceu.
O governo reagiu, adotando medidas de contenção do crédito, dos gastos públicos e dos reajustes salariais.
O país volta a crescer em 1984, quando os militares estavam prestes a deixar o poder, e os desequilíbrios econômicos criados pelos excessos dos anos anteriores pareciam insuperáveis. As contas do governo estavam novamente desarrumadas, e o país suava para renegociar suas dívidas com os credores internacionais. A inflação anual passava de 200%, e a política econômica só conseguiu domar uma década depois do fim da ditadura. Assim com o forte crescimento econômico aumentou a renda e diminuiu a pobreza, mas os salários dos ricos cresceram mais rápido, gerando uma desigualdade. No governo de Geisel foi em 1974 de 0,58% e em 1979 de 0,59% de desigualdade.

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Mensagem por joana aparecida velho Qui Mar 26, 2015 3:09 am

1-O Brasil cresceu num ritmo acelerado, do que o esperado nos primeiros 21 anos após a volta da democracia. No período em que essa expansão foi mais acelerada, entre 1967 e 1973, ou no início da ditadura militar ( 1964-1985).
2- Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 10,2% ao ano, em média, dobrando de tamanho em apenas 7 anos. O resultado do crescimento foi desigual. Em 1964, um brasileiro ganhava o equivalente a 17% da renda recebida por um típico cidadão americano. Em 1978, a renda média do brasileiro correspondia a 28% da americana,. O crescimento foi bastante desigual, a renda dos brasileiros aumentou de maneira significativa nesse período. Em 1964, um brasileiro ganhava o equivalente a 17% da renda recebida por um típico cidadão americano. Em 1978, a renda média do brasileiro correspondia a 28% da americana.
3- Castello Branco fez um programa de reforma que tinha como objetivo equilibrar as contas do governo e controlar a inflação e o mercado de crédito. Assim a inflação se aproximou de 100%,As medidas adotadas por Castello Branco ajudaram a reorganizar a economia, diminuíram as contas do governo e garantiram uma redução expressiva da inflação, que caiu para 34% em 1965.
4-Dívida Externa: o problema era que os níveis de escolaridade da força de trabalho eram muito baixos. Assim, era natural que trabalhadores com diploma ganhassem mais com as oportunidades criadas pelo milagre, e era questão de tempo que outros fossem beneficiados na mesma medida,Além de manter os salários amarrados pela fórmula criada por Simonsen, o governo passou a controlar os preços dos principais produtos, que só podiam subir com autorização de um conselho formado por quatro ministérios. A taxa de câmbio usada nas transações com o exterior era determinada por Brasília, que também controlava as principais fontes de crédito, de curto e longo prazo.
5-A ditadura combateu o analfabetismo, mas a democracia investiu mais em educação, os militares se preocuparam em combater o analfabetismo e dar atenção às universidades, onde os estudantes e os professores eram fontes permanentes de contestação ao regime,O país continuava crescendo, mas a paisagem começou a mudar em 1973.
6- Desigualdade O forte crescimento econômico contribuiu para aumentar a renda e diminuir a pobreza. Mas os salários dos mais ricos cresceram mais rápido, gerando desigualdade. No governo de Geisel foi em 1974 de 0,58% e em 1979 de 0,59% de desigualdade,Em 1979 um novo choque nos preços do petróleo atingiu a economia mundial, e as fontes de capital que haviam financiado os investimentos no Brasil começaram a secar. A inflação voltara a subir, a dívida externa do país crescia de forma explosiva e suas reservas de dólares estavam diminuindo, chegou a hora de pagar a conta.O governo reagiu com uma nova guinada na política econômica, adotando medidas de contenção do crédito, dos gastos públicos e dos reajustes salariais.

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Mensagem por Gustavo Scotti Qui Mar 26, 2015 2:26 pm

Ernesto Geisel

Crescimento da área urbana com relação a população brasileira: No governo de Ernesto em 1974 era em média de 94,5% e em 1979 era de 121,1.
Produto Interno Bruto - PIB. , em 1973 o PIB era de 14,0% e diminuiu em 1974 para 8,2% e caiu ainda mais em 1979 para 6,8%.
Inflação: no Governo de Ernesto Geisel  a inflação começou a subir e a baixar os salários, sendo o final do milagre econômico. Em 1974 a inflação foi de 34,5% e em 1979 foi de 77,3%.
Dívida Externa: . Em seu governo, geisel teve uma divida em 1974 de R$ 20.032,00 milhões e ao fim em 1979 de R$ 55.803,00 milhões.
Desigualdade: governo de Geisel foi em 1974 de 0,58% e em 1979 de 0,59% de desigualdade.

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Mensagem por Viviani Batista Corrêa Ter Abr 07, 2015 6:50 pm

1-O Brasil cresceu num ritmo acelerado, do que o esperado nos primeiros 21 anos após a volta da democracia.
2-O resultado do crescimento foi desigual,em 1964, um brasileiro ganhava o equivalente a 17% da renda recebida por um típico cidadão americano.Em 1978, a renda média do brasileiro correspondia a 28% da americana.
3-A novidade permitiu que o governo começasse a cobrir seus gastos vendendo papéis financeiros no mercado.
4-Além de manter os salários amarrados pela fórmula criada por Simonsen, o governo passou a controlar os preços dos principais produtos, que só podiam subir com autorização de um conselho formado por quatro ministérios.
5-Empresas estatais comandavam a cadeia petroquímica e controlavam as usinas siderúrgicas, a produção e a distribuição de energia elétrica,o país continuava crescendo, mas a paisagem começou a mudar.
6-O governo reagiu com uma nova guinada na política econômica, adotando medidas de contenção do crédito, dos gastos públicos e dos reajustes salariais.A inflação anual passava de 200%, e a política econômica só conseguiu domar uma década depois do fim da ditadura.

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Mensagem por Adriano Santos Qui Abr 30, 2015 12:17 am

1- No período em que os militares permaneceram no poder, a economia do Brasil cresceu num ritmo acelerado, do que o esperado nos primeiros 21 anos após a volta da democracia. No período em que essa expansão foi mais acelerada, entre 1967 e 1973, ou no início da ditadura militar ( 1964-1985).

2- Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 10,2% ao ano, em média, dobrando de tamanho em apenas 7 anos. O resultado do crescimento foi desigual. Em 1964, um brasileiro ganhava o equivalente a 17% da renda recebida por um típico cidadão americano. Em 1978, a renda média do brasileiro correspondia a 28% da americana.

3- A inflação se aproximou de 100%, onde Castello Branco fez um programa de reforma com o objetivo de equilibrar as contas do governo, controlar a inflação e o mercado de crédito.

4-As medidas adotadas por Castello Branco ajudaram a reorganizar a economia, diminuíram as contas do governo e garantiram uma redução expressiva da inflação, que caiu para 34% em 1965. As reformas também ajudaram a restaurar a confiança dos estrangeiros no país, atraindo empréstimos e investimentos. Mas faltava crescer, e os militares estavam com pressa.

5-A ditadura combateu o analfabetismo, mas a democracia investiu mais em educação.
A tese de Langoni logo foi abraçada pelo governo, mas pela metade. Os militares se preocuparam mais em combater o analfabetismo e dar atenção às universidades, onde estudantes e professores eram fontes permanentes de contestação ao regime. O país continuava crescendo, mas a paisagem começou a mudar em 1973, quando os países produtores de petróleo aumentaram seus preços abruptamente. O choque abalou a economia mundial, ao elevar o custo da energia, e pegou desprevenidos países como o Brasil, que importava cerca de 70% do petróleo que consumia. Havia duas alternativas para lidar com a situação, e o governo escolheu a que parecia politicamente mais conveniente.
5- Comércio Exterior.

Ninguém se importava muito com os críticos enquanto o país continuava crescendo, mas a paisagem começou a mudar em 1973, quando os países produtores de petróleo aumentaram seus preços abruptamente. O choque abalou a economia mundial, ao elevar o custo da energia, e pegou desprevenidos países como o Brasil, que importava cerca de 70% do petróleo que consumia.Com as economias mais avançadas perdendo o viço e os produtores de petróleo em busca de alternativas para investir seu dinheiro, havia capital sobrando no mundo e isso permitiu que o governo e as empresas brasileiras tomassem empréstimos em condições razoáveis para financiar os investimentos planejados pelos militares. O objetivo era não só manter a economia aquecida, mas modernizá-la e reduzir a dependência externa da indústria nacional, passando a fabricar no Brasil máquinas e insumos básicos que na época ela importava.
Esse programa levou a participação do Estado na economia do país a um novo patamar. Empresas estatais comandavam a cadeia petroquímica e controlavam as usinas siderúrgicas, a produção e a distribuição de energia elétrica, as telecomunicações, as estradas e as ferrovias.

6- Desigualdade.

Em 1979  um novo choque nos preços do petróleo atingiu a economia mundial, e as fontes de capital que haviam financiado os investimentos no Brasil começaram a secar. A inflação voltara a subir, a dívida externa do país crescia de forma explosiva e suas reservas de dólares estavam diminuindo, chegou a hora de pagar a conta.O governo reagiu com uma nova guinada na política econômica, adotando medidas de contenção do crédito, dos gastos públicos e dos reajustes salariais.
O país só voltou a crescer em 1984, após três anos de recessão. Os militares estavam prestes a deixar o poder, e os desequilíbrios econômicos criados pelos excessos dos anos anteriores pareciam insuperáveis. As contas do governo estavam novamente desarrumadas, e o país suava para renegociar suas dívidas com os credores internacionais. A inflação anual passava de 200%, e a política econômica só conseguiu domar uma década depois do fim da ditadura.

FONTE: http://arte.folha.uol.com.br/especiais/2014/03/23/o-golpe-e-a-ditadura-militar/a-economia.html extraído em 29/04/2015 às 17:36

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Mensagem por Larissa Oliveira Medeiros Qui Abr 30, 2015 2:53 am

O governo Geisel estendeu-se de 15 de março de 1974 até 15 de março de 1979.

O modelo econômico desenvolvido pelo regime militar já apresentava sinais de esgotamento -- aumento da dívida externa, inflação, baixos salários. Mesmo assim, o governo tentou manter a expansão econômica e os grandes projetos: construção da hidrelétrica de Itaipu, lançamento do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), assinatura do acordo para a construção de usinas nucleares no Brasil.

Assim que tomou posse, o presidente Geisel anunciou sua intenção de promover a "abertura" do sistema político. "Distensão" e "abertura" eram termos usados para indicar transformações que levariam o país à redemocratização, que, nas palavras do presidente, deveria ser "lenta, segura e gradual", ou seja, submetida ao seu controle. Durante o governo Geisel cresceu muito a oposição ao regime militar. A sociedade expressou seu descontentamento de várias formas:

* Nas eleições legislativas de 1974 e 1978, o MDB obteve vitórias expressivas, apesar das limitações impostas pelas regras eleitorais da época.

* A sociedade civil se organizava, na defesa dos direitos humanos (principalmente dos presos políticos), na campanha pela anistia, no movimento contra o custo de vida. Várias entidades se destacaram nas campanhas por mais liberdade e justiça. Entre elas: a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Comitê Brasileiro pela Anistia (CBA), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Igreja.

* O movimento estudantil voltava às ruas, promovendo assembléias e passeatas. Os estudantes não limitaram suas reivindicações à área educacional. Foram solidários com as lideranças operárias na luta contra o regime militar.

Enquanto isso, alguns sindicatos se reorganizavam e ganhavam força. Em 1978, os operários da fábrica SAAB-Scania, em São Bernado do Campo, entraram em greve a partir do dia 12 de maio. O movimento se estendeu a outras cidades do Estado de São Paulo e teve repercussão em todo o país, pois era a primeira vez desde 1968, que uma greve de tal proporção ocorria.
Num discurso duríssimo, em que falou da concentração de renda e de terras no Brasil, dos índices de criminalidade, das desigualdades sociais, da péssima situação da educação e de outras mazelas, Requião igualou o PT — de quem é, formalmente, aliado — ao PSDB, afirmando que os dois partidos e respectivos governos se curvaram e se curvam às exigências do “neoliberalismo”, a seu ver desmoralizado no mundo após a crise de 2008.

Criticou, ainda, sem mencioná-los pelo nome, os três principais candidatos à Presidência — a presidente Dilma Rousseff (PT e outros partidos), o senador Aécio Neves (PSDB e outros) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) –, afirmando enfaticamente que eles nada farão para mudar um estado de coisas que prejudica os pobres e enriquece ainda mais os ricos.

Lamentou que seu partido, o PMDB, tenha se desencaminhado a ponto de hoje não mais ter identidade, limitando-se a “carimbar” as decisões do governo no Congresso e, vez por outra, alinhar-se com o PSDB em defesa de projetos tucanos.

No diagnóstico da atual situação do país, Requião fez um discurso mais radical do que os mais radicais feitos por Lula no passado.

No parte do discurso em que propõe soluções para o Brasil, caso eleito, atribui um papel tão predominante do Estado na economia e na vida do país que faria o general Ernesto Geisel, penúltimo presidente da ditadura militar, parecer um privatista de carteirinha.

São mínimas chances de Requião tornar-se candidato do PMBD — que é aliado de Dilma e tem seu vice, Michel Temer, assim pretendendo continuar. Mas seu discurso mostra que, se Dilma tem problemas com os fisiológicos do partido, que querem gulosamente mais fatias do poder, fica agora sabendo que também os ideológicos que restam ao PMDB estão mais insatisfeitos com seu governo ainda.

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Mensagem por Everton Souza Qui Abr 30, 2015 4:12 am

Governo de Castello Branco:
Crescimento da área urbana com relação a população brasileira: Em 1960 - 70,9% e em 1970 - 94,5%
Produto Interno Bruto - PIB: Em 1960 9,4% e subiu em 1970 10,4%
Inflação: Em 1960 estava 30,5% e em 1970 diminuo para 19,3%
Dívida Externa: em 1960 era de US$ 3.738 milhões e em 1970 subiu o dobro para US$ 6. 240 milhões.
No comércio exterior em 1960 era de US$ 1. 268 milhões e em 1970 US$ 2.507 milhões
Desigualdade: em 1960 0,54% e em 1970 0,58%

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Mensagem por Flávia Bonin Qui Abr 30, 2015 4:51 am

Castelo Branco


Crescimento da área urbana -  70,9% - 94,5%

PIB - Início do mandato 3,4% ao fim do mandato 4,2%

Inflação - No inicio do mandato 92,1% no final 25,0%.

Comércio exterior-  1.430 milhões no início do mandato, e no fim 1.654 milhões.

Dívida externa- Inicio do mandato  3.294 milhões no final 3.440 milhões.

Desigualdade-  0,54% - 0,58%

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Mensagem por franciele dietrich Sex maio 01, 2015 2:55 am


Castelo Branco:
1- No final da ditadura em percentual com relação brasileira que viviam em área urbana .Em 1990,a renda media do brasileiro havia recuado para 20% da media.
2-no período em que a expressar foi mais acelerada entre 1967 e 1973,o produto Interno Bruto (PIB)aumentou 10,2% ao ano , dobrando de tamanho em apenas sete anos .
3-A economia brasileira ficou completamente estragada quando os militares começaram a governar.E se apresentar de 100% a inflação anual.
4- As medidas adotadas por Castelo Branco ajudaram a morganiça a economia , diminuíram as contas do governo e garantirem uma redução expressiva da inflação , que caiu para 34% em 1965.
5-ninguém se impostava com oc críticos enquanto o pais continuava crescendo , mas a paisagem começou a mudar e, 1973 .
6-Em 1979 um novo choque nos preços do petróleo entanguiu a economia mundial ,e as fontes de capital que haviam financeiramente os investimentos no Brasil começaram as secas .

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